Medicina

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É preciso ter vocação para Medicina?

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Veja o que é preciso para estudar e ser um bom médico

A Medicina é uma das carreiras que exige maior esforço e dedicação. Além de ser o vestibular mais difícil, o curso é longo e apenas o começo para uma carreira em que a atualização do conhecimento é constante, os horários são intensos e a concentração é extremamente necessária a todo instante.

Assim, muitos gostariam de saber o que é realmente preciso para conseguir estudar Medicina e se tornar um bom médico. Mas, acima de todas essas questões, aquela que sobressai aqui é se o aluno precisa ter vocação para Medicina para ser capaz de superar todas essas dificuldades e, finalmente, construir uma carreira de sucesso em consultórios, clínicas e hospitais.

Apesar da série de sacrifícios, os profissionais da área consideram-se recompensados por exercitar tal profissão. E você, o que acha? Neste artigo, serão abordadas as dúvidas mais frequentes quanto à carreira de medicina e se ela foi feita para você.

É preciso ter vocação para Medicina?

A Medicina é uma profissão diferente em inúmeros aspectos. Primeiro porque o médico, além do profundo conhecimento teórico e técnico adquirido na faculdade, na residência e também no trabalho, também precisa ter uma postura humanística. Ou seja, é imprescindível que esse profissional goste de pessoas e saiba lidar com elas.

É preciso ser paciente, detalhista e um ótimo comunicador para atender pacientes, entender o que lhes é dito e também acalmá-los quando preciso. É importante que, ao lado de suas palavras, o toque, o olhar nos olhos e a própria postura do médico possam comunicar ao seu paciente aquilo que ele pretende.

Outra questão crucial de perfil profissional é que é importante aprender a tomar decisões sob pressão e saber que carrega uma grande responsabilidade nos tratamentos e atendimentos de seus pacientes. Por isso, um bom médico deve ser apaixonado por sua profissão e dedicar-se a ela com todas as suas forças.

Por isso, se levarmos em conta que tais características de perfil profissional formam uma “vocação”, então podemos dizer que existe uma vocação para Medicina. Ou melhor dizendo, a pessoa que gostaria de ser médica deverá possuir certas características de perfil exigidas pela profissão e outras que serão muito necessárias ao longo da carreira, porém, que podem ser melhor desenvolvidas ao longo da faculdade e do trabalho.

 

A vida do estudante de Medicina

A Medicina é a ciência que estuda a natureza e a origem das doenças que atingem o homem. Seus objetivos vão além de investigar a cura e de determinar os procedimentos ideais para o tratamento adequado. A abordagem primária, ou seja, a promoção da saúde do ser humano e os cuidados com problemas de saúde mais prevalentes na população, é o principal objeto de atenção da Medicina, uma vez que, quando bem estruturada, daria resolutividade à maioria dos problemas de saúde da população.

Além do vestibular concorrido, este é considerado apenas o primeiro passo de diversos outros desafios ao longo da profissão. Contando com seis anos de curso e, pelo menos, dois anos de residência, a carga de estudos é elevada e em tempo integral, gerando não apenas desgaste emocional como também impossibilitando os alunos de trabalharem durante a faculdade. Por isso, durante esse momento de estudo, muitos alunos necessitam de ajuda financeira da universidade ou da família.

Com relação à grade curricular, durante o primeiro ano, as disciplinas serão concentradas em fornecer o conhecimento básico de saúde e ciências biológicas, como, Anatomia, Fisiologia e Bioquímica.

Ao longo do primeiro ano, o aluno também passará a frequentar laboratórios de habilidades, serviços e postos de saúde, ganhando proximidade com sua atuação. Nos anos seguintes, o estudo acadêmico foca em treinamentos de habilidades clínicas (exame clínico, raciocínio diagnóstico), até chegar em áreas mais aprofundadas.

Por fim, ele passará dois anos de treinamento em serviço com carga horária de 40 horas semanais no internato médico, sob a supervisão de médicos, primeiramente passando por todas as áreas básicas (clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, cirurgia e saúde coletiva) essenciais ao exercício da profissão.

Após conquistar o diploma, o médico torna-se residente, se aprovado, para obter sua disputada especialização. Dali em diante, passa a trabalhar 60 horas semanais, com uma bolsa-auxílio de de R$ 3.330,43, visando aprofundar seus conhecimentos práticos na área que escolheu.

Com uma jornada longa, cansativa e desafiadora, o estudante aprende, desde cedo, a abdicar de muitas formas de lazer para se dedicar aos estudos e aos pacientes. Será preciso fazer sacríficos que serão revisitados ao longo de sua carreira, por conta da quantidade de estudos e, posteriormente, de trabalho.

Durante o curso, os fins de semana e o tempo livre passam a ser usados para estudo e realização de trabalhos. Já ao longo da carreira, após formado, o médico será surpreendido, muitas vezes, por chamadas de emergência, precisando abrir mão de certos horários ou até fins de semana. Porém, profissionais formados e apaixonados por seu trabalho garantem a recompensa e gratificação por fazer aquilo que gostam e de fazer diferença na vida de tantas pessoas.

 

Quais as opções de atuação?

Conforme falado anteriormente, após a graduação, o recém-formado pode se especializar para dar continuidade à profissão. Abaixo, separamos algumas das áreas mais tradicionais. É nessa etapa que os profissionais conquistam a oportunidade de seguir um campo de estudo e a prática que lhe agrada. Embora de posse de registro nos conselhos regionais de medicina e com habilidade e responsabilidade ética e legal para exercer a profissão, esse treinamento também ocorre sob a supervisão dos especialistas das respectivas áreas.

  • Medicina de família: atua na atenção básica da saúde;
  • Pediatria: atua no tratamento de crianças e adolescentes;
  • Cardiologista: atua no tratamento de doenças relacionadas ao coração;
  • Ginecologia e Obstetrícia: atua no tratamento de doenças relacionadas ao sistema reprodutor feminino e parto;
  • Endocrinologia: atua no tratamento das glândulas endócrinas que liberam hormônios para o sangue;
  • Dermatologia: atua no tratamento de doenças e alergias em relação à pele;
  • Neurologia: atua no tratamento de lesões causadas no sistema nervoso;
  • Oncologia: atua no tratamento de tumores tanto malignos como benignos;
  • Psiquiatria: atua no tratamento de doenças psíquicas;
  • Ortopedista: atua no tratamento de doenças, lesões e deformidades que atingem os ossos, tendões musculares, ligamentos e articulações;
  • Hematologista: atua no tratamento de doenças relacionadas ao sangue.

Assim, para manter sua ética de trabalho e ter sucesso no mercado, é sempre importante que o médico recicle constantemente seu conhecimento, mantendo-se atualizado em suas áreas de atuação.

Se você quer ser médico e possui questões diferentes sobre a vocação para Medicina, não deixe de compartilhar conosco!