Bahiana celebra Dia Nacional e Latino-Americano de Conscientização da Epilepsia
Programação reuniu pacientes, professores e alunos dos cursos de Medicina, Psicologia e Enfermagem.
12/09/2016
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Em comemoração ao Dia Nacional e Latino-Americano da Conscientização da Epilepsia, a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública realizou uma programação especial para pacientes dos serviços de saúde da instituição, no dia 9 de setembro, na Unidade Acadêmica Brotas. Participaram alunos do ambulatório de epilepsia dos cursos de Medicina, Psicologia e Enfermagem.
A iniciativa teve como objetivo principal conscientizar tanto a população quanto os pacientes dos serviços de saúde da Bahiana sobre mitos e verdades relacionados à epilepsia.
Ao longo do programa, foram realizadas atividades lúdicas com os pacientes como mesas de jogos contendo perguntas e respostas sobre a doença, quizz de mitos e verdades sobre epilepsia, além da distribuição de folders explicativos.
Segundo a professora do curso e Psicologia da Bahiana e cuidadora dos alunos do internato, Josiane Lopes, a atividade instruiu a população sobre a importância da desconstrução de alguns estigmas. “Percebemos a importância de falar sobre essa doença que atinge cada vez mais a população, reforçando o entendimento, quebrando preconceitos e conscientizando as pessoas”. A professora ressalta que assim é possível dar suporte e ajudar os pacientes a terem uma melhoria na qualidade de vida.
Dr. Humberto Castro Lima Filho, coordenador do ambulatório de epilepsia, alerta que o Dia Nacional e Latino-Americano de Conscientização da Epilepsia é uma data fundamental no combate ao preconceito relacionado à doença, pois é visível que uma das principais questões enfrentadas pelos seus portadores e familiares ocorre pela falta de informação.
“Sabemos que a epilepsia é um problema de saúde pública que engloba 1% da população mundial e, no Brasil, se considerarmos que temos 200 milhões de habitantes, são dois milhões de epiléticos, 30 mil só em Salvador. Um agravante é que, além do preconceito e o estigma sofridos, falta acesso aos serviços de saúde”.
Ana Maria Cruz Santos, enfermeira do Programa Cuidar Faz Bem e integrante do Ambulatório de Epilepsia, explica que a atuação dos estudantes do curso de Enfermagem teve foco nas pacientes em idade fértil.
“Percebemos que há uma interação medicamentosa do antiepilético com os anticoncepcionais, então, alertamos essas mulheres para a utilização do DIU e fazemos o encaminhamento ginecológico”.
Ambulatórios Especializados em Epilepsia em Salvador
Segundo o Dr. Humberto Castro Lima Filho, em Salvador, além do serviço oferecido pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, há o Ambulatório do Hospital das Clínicas, ambos especializados em epilepsia. “Além desses dois, existe o Ambulatório de Neurologia Geral, onde o neurologista geral é capacitado para atender casos epiléticos e, na rede básica, o clínico também está apto a fazer atendimentos”, informou o médico.