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Semana da Atividade Física

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Para celebrar o Dia Mundial da Atividade Física, o curso de Educação Física, em conjunto com o Centro de Práticas Integrativas da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, realizou, no dia 6 de abril, um encontro com o tema "As Práticas Corporais Integrativas em evidência", no Campus Cabula.

A atividade reuniu profissionais e estudantes das áreas da saúde e educação, além de usuários das práticas integrativas complementares. A programação contou com as falas da professora de Yoga, Rosana Machado Politano, do instrutor de Qi Gong Gutemberg Livramento e da professora do curso de Educação Física, Milene Salomão, que falou sobre o poder terapêutico das Danças Circulares Sagradas.

Segundo o coordenador do evento, prof. Paulo Rodrigo Santos Aristides, "Neste evento, pensamos em trazer algumas práticas corporais dentro das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) como um marco para a educação física, sob o ponto de vista de mais um recurso para a promoção da saúde. Por isso, convidamos profissionais que lidam com essas práticas corporais e que não necessariamente são profissionais de Educação Física, porque essas práticas são livres no mundo e oriundas de práticas tradicionais de outros povos/países e, hoje, emergem no contexto da saúde pública".

Ele explica que a utilização dessas práticas é uma determinação da Organização Mundial da Saúde e que agora são fomentadas pela política nacional de Práticas Integrativas e Complementares. "A atividade física, historicamente, é tratada como algo envolvendo apenas o gasto energético, e a educação física é mais do que isso. Ela propõe que a pessoa se envolva com seus aspetos subjetivos, por meio da corporeidade, e isso casa perfeitamente com a concepção das práticas integrativas. Por isso, nós entendemos ser importante, nesse contexto, fazer a integração entre o que seria mover o corpo – a corporeidade em ação – e as práticas corporais que têm origem nessas práticas integrativas", esclarece.


Programa

Danças Circulares

Como o ato de dançar pode auxiliar na melhoria da qualidade de vida e na promoção da saúde? Foi esse o ponto esclarecido pela professora do curso de Educação Física, Milene Salomão, em sua fala. Segundo ela, a dança circular é cooperativa por natureza. “Muito mais que favorecer a atividade física, através da simplicidade e profundidade dessa prática, as danças circulares permitem a articulação entre a mente e o corpo, proporcionando relaxamento, conscientização corporal, concentração, resgate dos aspectos sagrados da vida e ancestralidade, expressão de sentimentos (paz, amor, união, alegria, compaixão etc.) por meio da linguagem corporal, conexão consigo próprio e com o outro, estimula a cooperação e comunhão, auxilia acessar outros níveis de consciência e descobrir o lado sagrado de cada um”.

A professora explica que, durante as danças, as pessoas estão organizadas em roda e de mãos dadas, na maioria das vezes. “Durante a atividade, trabalha-se o equilíbrio e ajuda mútua entre a pessoa e o coletivo, desenvolve-se naturalmente a experiência de enraizamento e de união, onde todos do grupo percebem que se encontram amparados, reconhecem a igualdade no centro da roda, percebendo que todos são importantes e singulares durante o desenvolvimento da dança.” Ela destaca, ainda, que todos esses aspectos contribuem para a melhoria da saúde e qualidade de vida.


Qi Gong

Promover a tranquilidade, harmonização do corpo e do espírito em concordância com a natureza, a sociedade, os indivíduos para se chegar à calma, à paz de espírito e à felicidade. Este é o objetivo do Qi Gong (Chi Kung), tradição milenar chinesa que foi apresentada pelo professor e diretor do Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa em Qigong e medicina chinesa (IBRAPEQ), Gutembergue Livramento.

Segundo Livramento, que é mestre em Medicina e Saúde Humana, pela Bahiana, os exercícios do Qigong são considerados uma via eficaz que permite preservar a saúde, restaurar o equilíbrio emocional e fortalecer o sistema imunológico, aumentando a vitalidade do ser humano.  Dentro dos exercícios, ele destaca a importânica do movimento e da estática, promovendo o equilíbrio.


Yoga

Após desenvolver um quadro de transtorno de ansiedade que a levou a uma hipertensão e estresse, a ex-empresária Rosana Machado Politano procurou o Yoga como tratamento, abrindo mão de qualquer fonte medicamentosa. “Foi um caminho muito árduo, porém maravilhoso, pois experimentei como uma disciplina mental pode curar e como ela pode transformar a vida de uma pessoa absolutamente enferma. ”

Agora praticante e instrutora de Yoga, Rosana explica que a Yoga é uma filosofia de vida, não é uma prática física onde se tem ética, moral, busca espiritual ou conexão com Deus. “Você começa a desenvolver um diálogo pessoal, e isso foi me trazendo um entendimento de quanto sofrimento inútil nos alimentamos no dia a dia. ”

Milene Salomão destaca a importância de os eventos voltados para práticas integrativas terem bom espaço dentro da Bahiana, uma instituição vocacionada para a saúde. “A Bahiana é um lugar que vive em meu coração. Nesse lugar mágico, consigo exercer a docência aliando as bases científicas e tradicionais às práticas integrativas e complementares de saúde. A Bahiana permite e estimula ações que auxiliam na melhoria do estado biopsicoemocional, enxergando o indivíduo em sua integralidade, atuando na promoção de saúde”.