O Centro de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Bahiana (CEPICS) realizou mais um Momento PICS, no dia 9 de agosto, no Campus Brotas. A palestrante convidada, professora e médica-homeopata Mônica da Cunha Oliveira, explicou os conceitos fundamentais da homeopatia e como ela pode ser aplicada no dia a dia do exercício médico.

O espaço proposto pelo CEPICS, sob a coordenação das professoras Renata Roseghini (Biomedicina), Carolina Pedroza e Simone Cardoso (Enfermagem), integrou um conjunto de ações que visam ampliar o acesso das pessoas às vivências integrativas, seja por meio de grupos de pesquisas, eventos ou cursos de extensão realizados pela Bahiana.

Segundo Renata Roseghini, o Momento PICS é uma oportunidade de a Bahiana apresentar as práticas integrativas e complementares em saúde para os públicos interno e externo. Ela relata que a programação vem sendo realizada desde o início do ano, quando foram abordadas, nessas ocasiões, a medicina tradicional chinesa, a meditação e a análise bioenergética. “Nos próximos encontros, ainda teremos a aromaterapia, prevista para o dia 6 de setembro, no Cabula e as práticas seculares sagradas, agendadas para o dia 8 de novembro, em Brotas. ” acrescenta.

A professora ressaltou também que pretende continuar a iniciativa no próximo ano, por ser um espaço de sensibilização. “Há uma política nacional de PICS sendo implementada no SUS, por isso, é necessário que as instituições de ensino superior estejam alinhadas com essa demanda”. Para ela, é preciso, inclusive, chamar a atenção dos estudantes para a existência dessas práticas.

A professora do curso de Enfermagem Sandra Portela avalia que as práticas integrativas, de uma maneira geral, têm um viés bastante positivo, “pois a proposta é integrar tanto as condições físicas quanto as condições mentais, incluindo a espiritualidade e a religiosidade do indivíduo. ” Outro ponto importante citado por Sandra é o “olhar de quem cuida”, que, além do acompanhamento, se distingue da medicina tradicional, no que diz respeito à recepção dos pacientes: “eu percebo que há um jeito muito especial de acolher quem busca essas práticas. A forma de conversar e perguntar até o tipo de comida que o paciente gosta ou se ele sente mais frio ou calor, faz com que o médico mergulhe em um meandro peculiar da pessoa”. Considerando que as PICS são um meio de integrar as melhores possibilidades de cuidado, a enfermeira conta que utiliza as práticas tanto como profissional quanto como paciente, e as considera “fantásticas e inovadoras”.

Já a estudante Carla Lima Costa, do 9º semestre de Farmácia da Faculdade Estácio, participou do momento PICS graças à divulgação do evento em grupos de amigos. “Gostei bastante pois aprendi tópicos que não havia visto na faculdade”, expõe a futura farmacêutica, que pensa em se especializar na área de homeopatia, completando que “é interessante vivenciar o que o mercado oferece, a fim de enriquecer a formação profissional”.