2º Dia - Mostra Científica e Cultural 2018
04/10/2018
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“Ciência, arte e saúde: na luta pela democracia”. Essa foi a temática da XVIII Mostra Científica e Cultural da Bahiana (MCC), que aconteceu nos dias 3 e 4 de outubro, no Campus Cabula da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. O primeiro dia de atividades contou com a V Mostra de Extensão, estandes, projeto Bahiana Verde, trailer da Bahiana Saúde, ações de esporte e lazer e diversas tendas de saúde e educação. No segundo dia, aconteceu o VIII Fórum de Pesquisadores da Bahiana e a XV Jornada de Iniciação Científica (PIBIC), além de oficinas e minicursos.
As boas-vindas foram dadas pela reitora da Bahiana, a Dra. Maria Luisa de Carvalho Soliani, que discursou sobre a relevância da MCC e de abordar questões democráticas no cenário atual brasileiro: “É o nosso evento principal, no qual a gente mostra tudo aquilo que fazemos e produzimos durante o ano. Nessa Mostra, temos uma grande diversidade de pessoas, juntamos alunos, professores, colaboradores, moradores da comunidade externa e trocamos experiências e aprendizados. Temos música, apresentações artísticas e palestras. É um dia muito especial. Já estamos na décima oitava edição, completando a maioridade, e com um tema muito importante: a luta pela democracia, que é o que nós brasileiros queremos para fazer um país melhor”.
O espetáculo de abertura da MCC foi a apresentação “Desconferências”, feita pelo grupo de teatro Os Insênicos, com direção artística de Renata Berenstein. O grupo, formado por pacientes do sistema de saúde público, abordou, por meio de uma visão crítica e cômica, temas relacionados aos tratamentos realizados em pacientes que possuem doenças mentais. A peça foi baseada na história de vida dos próprios atores e emocionou o público.
Segundo Luiza Ribeiro, coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas, falar sobre democracia na XVIII Mostra Científica da Bahiana e trazer um tema que englobe ciência, arte e saúde é porque a Bahiana entende que tem que trabalhar de forma integrada e para uma juventude que está aberta para esse diálogo. “Estamos muito emocionados em ver esse auditório cheio, com quase 300 pessoas, participando da abertura da MCC e vendo o espetáculo dos Insênicos, que abordaram algo comum, que é o bem de todos e a humanização. Essa é a base de formação da Bahiana”.
Ligia Vilas Bôas, assessora pedagógica do Programa Institucional de Desenvolvimento Docente (PROIDD) e uma das organizadoras do evento, explica que a proposta da edição da XVIII Mostra Científica da Bahiana foi elaborada a partir de uma construção totalmente coletiva. “As pessoas que estão à frente da organização do evento estão representando as ideias da instituição. O foco principal é lutar por uma saúde com base nos princípios do SUS: universalidade, equidade e solidariedade. Sem esses valores, não há ciência, saúde e educação. Vislumbramos, ainda, uma sociedade democrática e mais justa. A MCC busca traduzir esses princípios”.
Segundo Carolina Pedroza, pró-reitora da Extensão da Bahiana, o evento tem um cunho educacional, científico e artístico, uma vez que a Bahiana acredita numa formação transdisciplinar, que envolve ciência, saúde, política e cultura. “Essa edição está voltada, evidentemente, para o contexto político em que estamos vivendo. Por isso, é também um estímulo para lutarmos pela democracia. Um dos diferenciais deste ano é que trabalhamos na tenda de educação popular com temáticas relacionadas ao combate à homofobia, ao machismo, ao sexismo, e ao racismo, numa perspectiva de empoderamento da mulher”.
No final da manhã, houve sorteios de passagens áreas para trabalhos aprovados, e o público foi conduzido a participar das outras atividades acadêmicas e culturais.
Apresentação de trabalhos
Durante os dois dias da MCC, os acadêmicos apresentaram seus trabalhos de pesquisa. Foram 11 rodas de conversas sobre Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Educação Física, além da apresentação de 140 trabalhos orais e 212 e-pôsteres que abordaram diversas áreas da saúde.