Pesquisa e Inovação

Estudante do PIBIC Ensino Médio apresenta trabalho em evento nacional

Nicolas Natale descobre como fabricar papel a partir da planta espada-de-são-jorge.

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O Programa de Iniciação Científica e Tecnológica da Bahiana (PIBIC Ensino Médio) vem revelando grandes talentos científicos, tanto nos âmbitos da graduação e pós-graduação como no Ensino Médio. Esse foi o caso de Nicolas Moreira Natale, de apenas 16 anos, que integra o programa da Bahiana e, desde cedo, demonstra o seu interesse pela pesquisa. “Eu sempre gostei dessa parte mais acadêmica da pesquisa científica. Então, quando descobri essa possibilidade de, ainda no Ensino Médio, poder ingressar em um programa de iniciação científica foi maravilhoso! Pois, além de poder estar em ambientes com pesquisadores, mestrandos e doutorandos, o que favorece a absorção de uma gama de conhecimentos, percebi que poder ver, na prática, o caminhar de uma pesquisa científica é fascinante”, conta.

O interesse de Nicolas se expandiu para além das fronteiras da Bahiana e, após participar da oficina “Sementes da Bahia”, promovida pelo Centro Juvenil de Ciências e Cultura (CJCC), foi que ele produziu o trabalho “Papel de Sansevieria Trifasciata: folha; água e nada mais”, apresentado na 75ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Sob a orientação da professora Laísa Brandão (CJCC), ele desenvolveu um projeto de fabricação de papel a partir das fibras da espada-de-são-jorge. O aluno percebeu que a folhagem da planta, quando seca, tinha o mesmo aspecto das folhas produzidas pelos egípcios na Antiguidade, chamadas de papiro, usadas como superfície para escrita na época. “Em todo o processo tive muito apoio da minha professora/orientadora e esse foi o diferencial para o grande sucesso da pesquisa. Outro ponto muito importante da experiência de desenvolver tal projeto foi me debruçar sobre a escrita acadêmica, tendo que seguir todas as normas da ABNT, o que me favoreceu um enriquecimento, tanto de vocabulário como na escrita de textos coesos”.

Nicolas conta, ainda, que integrar o Programa de Iniciação Científica e Tecnológica da Bahiana contribui com o seu desempenho escolar. “Estar em ambientes de estudo, com pessoas que fomentam e discutem a linguagem acadêmica, mesmo que, às vezes, não diretamente, contribui significativamente com a aprendizagem de ‘N’ assuntos abordados no Colégio, pois as visões de mundo e como interpretamos as coisas são enriquecidas, facilitando a interpretação e estimulando o senso crítico”, finaliza.