Um atendimento humanizado e voltado para pessoas com diagnóstico de doença grave, evolutiva e causadora de sofrimento, como câncer, AIDS, Alzheimer, Parkinson, ELA (esclerose lateral amiotrófica), DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), insuficiência cardíaca entre outras. Assim é o Ambulatório de Cuidados Paliativos da Bahiana Saúde, frente docente-assistencial da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. O espaço também oferece o acolhimento a familiares e cuidadores, por meio de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiras e psicóloga.

O ambulatório atende pacientes do SUS, às terças e quartas-feiras, no Centro Médico da Bahiana, no Campus Brotas. "É importante frisar que, hoje, os cuidados paliativos servem a pessoas acometidas por todas as doenças que causem sofrimento. No caso, por exemplo, de pessoas com doenças neurodegenerativas, auxiliamos em decisões importantes, como a adoção de alimentação artificial (por meio de sonda), respiração por traqueostomia etc.", explica o médico intensivista e coordenador do serviço, Dr. Sílber Alves. Ele salienta que o atendimento à família (e/ou cuidador) vai desde o início do diagnóstico, até o final da vida do paciente. "A doença não é o nosso principal foco. Nosso objetivo é a pessoa, é a família. Então, eles podem vir em qualquer momento do diagnóstico. Seja logo no início, no meio do tratamento ou, no caso dos familiares, no luto. Se uma família está enlutada por uma perda, é motivo para vir ao nosso encontro", pontua Alves.

Apesar de já existirem serviços semelhantes em Salvador, o coordenador do Ambulatório de Cuidados Paliativos da Bahiana aponta como principal diferencial a inclusão dos estudantes no atendimento. "Nenhum outro serviço na cidade tem tão robusta participação de estudantes. Eles acompanham as consultas por vídeo (com a autorização dos pacientes e familiares) e, dentro do consultório, dois alunos acompanham o atendimento para aprender as técnicas de comunicação e abordagem de cuidados paliativos. Nosso diferencial no ensino é propagar a cultura dos cuidados paliativos nos profissionais que estamos formando na Bahiana", finaliza.