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Bahiana realiza XI Fórum do Centro de Atenção às Juventudes – CAJU

Evento aconteceu no Campus Cabula e trouxe a Extensão do cuidado como tema central.

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“Extensão do cuidado – redes de solidariedade, comunidade & universidade.” Com esse tema, a Bahiana realizou o XI Fórum do Centro de Atenção às Juventudes (CAJU), no último sábado, dia 9 de novembro, no Campus Cabula. A iniciativa contou com a participação de estudantes da instituição e de escolas públicas e privadas, de líderes comunitários e professores. O encontro também celebrou os dez anos de parceria com a Associação de Moradores do Conjunto Santa Luzia, no bairro do Uruguai, Salvador.

A programação diversificada contou com apresentações musicais, trocas de experiências e rodas de conversa sobre a luta por direito à saúde, economia solidária e apoio psicossocial. “Um dos pontos importantes dessa parceria com os moradores do conjunto Santa Luzia é a construção do vínculo entre a universidade e a comunidade e isso implica confiança, reciprocidade, e tentar fazer as coisas juntos. Tem uma concepção de extensão que o CAJU utiliza junto à comunidade que a gente vai para compor com as pessoas, junto com elas para encontrar soluções para problemas locais, sem levar uma fórmula mágica ou se colocar no lugar de supremacia. Mas, logicamente, levando os nossos saberes”, declarou o coordenador do CAJU e responsável pelo evento, o professor do curso de Psicologia Fábio Giorgio. Ele ainda destaca, como ponto importante da ação extensionista do CAJU, a continuidade. “Embora tenhamos realizado ações pontuais, o que nos mantém como instituição presente no território é a continuidade, são dez anos de relação que se estabelece pela confiança e respeito mútuo. Já desenvolvemos ações relacionadas a projeto de vida, já utilizamos a literatura e a música como forma de pensar a realidade e atualmente estamos com um projeto das agentes de saúde popular, em que fazemos visitas domiciliares”, conta Giorgio.

Camila Abuse, estudante do 9º semestre de Psicologia, conta que faz parte do CAJU desde o início da graduação. “Vi nele uma forma de me estender para além dos muros da universidade e entender quais são as formas que a gente pode estar produzindo saúde e entrando em contato com as comunidades, ajudando as pessoas. Quando a gente sai para as comunidades, a gente vê a vida acontecendo. Atualmente, esse projeto das agentes de saúde popular tem sido uma ótima forma de finalizar minhas práticas nesse final de graduação. Acho que a extensão é um pé essencial na nossa formação, principalmente quando a gente tem essa oportunidade de fazer esse movimento, principalmente em uma instituição privada”, conta a estudante. Para Maria de Lourdes, integrante da Associação de Moradores do Conjunto Santa Luzia, o trabalho da Bahiana tem contribuído positivamente na comunidade. “A Bahiana tem feito o trabalho de resgate da medicina que o povo estava perdendo, e que, a gente, morador do bairro, desconhecia. Por exemplo, o papel da rezadeira, da benzedeira, das hortas comunitárias. Então estamos tendo um papel muito importante que é o de resgate da nossa própria ancestralidade, não a deixando acabar, mas fortalecendo, cada vez mais, isso”, finaliza Lourdes.