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I Seminário Internacional dos Programas de Pós-Graduação

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Uma homenagem ao Prof. Dr. Carlos Alfredo Marcílio de Souza, que faleceu no dia 4 de janeiro de 2015, marcou o I Seminário Internacional dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Bahiana, realizado na manhã do dia 20 de março, na Unidade Acadêmica Brotas. O encontro contou com a presença de professores e estudantes da pós-graduação e coordenadores de cursos da graduação, além de convidados como o médico e ex-governador da Bahia, Dr. Roberto Santos, a viúva do Prof. Carlos Marcílio, Maria Thereza Marcílio Souza e o presidente do Cremeb, Dr. José Abelardo Garcia de Meneses. Também presidiram a mesa de abertura o prof. Dr. Bernardo Galvão, o Prof. Dr. Luiz Cláudio Correia, o Prof. Dr. Marcus Almeida e a Prof.ª Dra. Ana Maria  Ladeia.

A programação contou com a participação de professores da Bahiana e convidados, entre eles o maestro Paulo Lima e o músico Mario Ulloa que levaram os participantes a uma reflexão sobre a metodologia científica tendo como objeto de estudo a música, com a palestra "Ciência Lúdica".

Outro ponto importante do seminário foi destacar a parceria entre a Bahiana e a Universidade Johns Hopkins (The Johns Hopkins University - JHU). Segundo Prof. Luiz Cláudio, o acordo visa a realização de um estudo que será coordenado pelo Prof. João Lima (JHU) no interior da Bahia, pesquisa que será realizada pelos acadêmicos da Bahiana e da universidade americana. "A parceria entre as duas instituições é fomentada pelo CNPq, através do programa Ciências sem Fronteiras. É um programa que financia a vinda desse professor ao longo de três anos e de também irmos aos Estados Unidos. É uma parceria baseada em um professor, mas que acaba sendo entre as instituições". Ele explica que o estudo tem como mote a avaliação dos fatores de risco cardiovascular entre os índios.

O pesquisador João Lima ressalta a importância do programa Ciências sem Fronteiras, no que tange ao incentivo oferecido para que pesquisadores brasileiros, hoje radicados no exterior, retornem ao país com objetivos profissionais. "Para mim, a parceria entre as instituições traz um benefício enorme, porque eu aprendo com uma realidade diferente, que é a minha realidade original. Esse projeto tem um valor enorme, não só pessoal como profissional, pois vamos estudar populações indígenas no interior da Bahia. Para a instituição, a vantagem é a exposição a outra realidade científica e, portanto, existe um entrelaçamento de objetivos e vantagens permitido pelo Programa Ciências sem Fronteiras, que cria uma possibilidade de colocar pesquisadores brasileiros que estão trabalhando fora do Brasil de volta à realidade do país". Para marcar a parceria, Prof. João Lima participou de uma série de palestras que integraram a programação.

Outras duas parcerias institucionais marcaram o seminário. No turno da tarde, ocorreu a apresentação interativa telepresencial com Gustavo Barcelar, pesquisador ligado à Universidade do Porto (Portugal) e ex-aluno da Bahiana. Diretamente da cidade do Porto e, por meio de videoconferência, ele falou sobre uso de tecnologia de informação na saúde, a exemplo do registro eletrônico de dados dos pacientes, uso de tecnologias para o ensino como o estetoscópio virtual, possibilidades de compartilhamento de cursos e pesquisa. 

Outro pesquisador convidado foi o professor da Massachusetts Institute of Technology (MIT), Guy Hembroff. Ele participou de uma mesa-redonda onde apresentou a sua instituição, comentou os vários recursos envolvendo a tecnologia em saúde para a assistência, ensino e pesquisa, tais como a telemedicina, telediagnóstico e modelagem em 3D para peças anatômicas. Na ocasião, o professor propôs uma parceria e intercâmbio entre estudantes e professores da Bahiana.

Para o professor Luiz Cláudio Correia, idealizador e coordenador do seminário, a proposta da atividade teve como objetivo aproximar os acadêmicos da metodologia científica, a partir de um ponto de vista mais flexível. "O objetivo do seminário é inspirar toda a nossa comunidade acadêmica em relação à pesquisa e mostrar que a pesquisa não precisa ser uma coisa na base da rigidez. Quanto mais flexível a gente é, melhor pesquisador a gente é. Então, a metodologia científica não deve servir para inibir a criatividade, por isso estamos fazendo de uma maneira diferente".


Homenagem

O professor Dr. Bernardo Galvão ressaltou a importância da contribuição do Dr. Carlos Marcílio como idealizador e fundador da Pós-Graduação da Bahiana. "O Prof. Marcílio foi o idealizador deste curso que está solidificado hoje, graças também não só à ideia que ele deu, mas ao papel que ele desempenhou, na consolidação do curso e este seminário é uma expressão, um indicador dessa consolidação. Hoje, tivemos aqui pessoas importantes no ramo da ciência, da música no cenário baiano, nacional e internacional, mostrando que o curso está com uma qualidade cada vez melhor. Esperamos que este curso se perpetue e continue dando os frutos que são tão importantes para a Bahiana."

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