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03/12/2014
O Grupo de Atenção ao Assoalho Pélvico, liderado pela Prof.ª Dra. Patrícia Lordêlo, acaba de alcançar uma importante conquista para o desenvolvimento de estudos em saúde. Com o apoio dos grupos de pesquisa liderados pela Dra. Halina Feitosa, pela Dra. Kátia Sá, pela Prof.ª Joseane Dantas (SENAI CIMATEC) e pela Prof.ª Cibele Tozeti (Universidade Federal do Recôncavo), além dos professores Ana Marice Ladeia e Luis Cláudio Costa, o projeto da Prof.ª Patrícia Lordêlo foi contemplado pelo edital do Programa de Apoio a Grupos Emergentes (Pronem) que visa financiar a execução de projetos de grupos emergentes e permitir a consolidação de linhas de pesquisa prioritárias, induzindo a formação de novos núcleos de excelência. O Pronem é executado em parceria com o CNPq.
Segundo Patrícia Lordêlo, o nascimento do grupo de pesquisa começou com o trabalho que vem sendo desenvolvido no Centro de Atenção ao Assoalho Pélvico (CAAP), cujas atividades estão voltadas para a prevenção, diagnóstico e tratamento das disfunções cinético-funcionais pélvicas (incontinência urinária, incontinência fecal, retenções urinárias, constipação, algias pélvicas, disfunções sexuais) inclusive no ciclo gravídico-puerperal. Foi a partir do trabalho desenvolvido no CAAP que os diversos grupos de pesquisa se associaram "e foi dessa forma que nós conseguimos nos estruturar para a formação desse núcleo que deu fundamentação ao projeto que submetemos ao PRONEM", explica Lordêlo.
O principal objetivo do estudo é testar a eficácia de uma técnica da radiofrequência não ablativa, desenvolvida pela Prof.ª Patrícia Lordêlo e seu grupo, no tratamento da incontinência urinária de esforço. "Para isso, nós vamos desenvolver um protótipo de um cabeçote que é específico para esse equipamento (de radiofrequência). Nós vamos desenvolver também um software que vai associar a parte de eletromiografia, que é a atividade elétrica muscular do assoalho pélvico, em ambiente virtual. Nós vamos verificar o quanto essa incontinência urinária interfere na qualidade de vida das mulheres e se o tratamento da radiofrequência - dessa nova técnica em ambiente virtual - tem alguma influência na qualidade de vida e na função sexual da paciente". Ela ainda chama a atenção para o fato de que, a depender do resultado da pesquisa, será possível gerar um registro de patente tanto do novo aparelho desenvolvido, quanto do novo software.
Com os recursos do Pronem será possível adquirir equipamentos de ponta que possibilitarão avaliar, com o máximo de precisão, a função sexual, a qualidade de vida da paciente e associar a alterações tanto nos índices de vitamina D, quanto posturais , hiperlipídicos, verificar a influência do aumento de gordura em determinados locais do corpo, principalmente abdome etc. “Então, basicamente, estamos desenvolvendo técnicas inovadoras para o tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço".
De acordo com Patrícia, o respaldo e o apoio institucional também foram definitivos para o sucesso do projeto no Pronem. "A Bahiana tem um papel fundamental para essa conquista, pois ela nos deu toda a estrutura para que conseguíssemos montar esse projeto. Se observarmos, o nosso projeto foi o único vindo de uma instituição particular. Isso mostra o peso que a Bahiana tem, principalmente por acreditar e incentivar a pesquisa."
A professora ainda destaca a importância da associação com os grupos de pesquisa parceiros. "Eu atribuo esse reconhecimento, essa conquista, à união de pessoas trabalhando em prol do conhecimento e em prol da melhoria do atendimento para a população".
CAAP - Saiba mais
O Centro de Atenção ao Assoalho Pélvico teve origem a partir do Grupo de Estudos sobre Distúrbios Miccionais e Genitália Feminina e trata-se de uma equipe multiprofissional que tem como objetivo a atividade docente-assistencial vinculada à pesquisa científica na temática que o denomina. As suas atividades estão voltadas para a prevenção, diagnóstico e tratamento das disfunções cinético-funcionais pélvicas (incontinência urinária, incontinência fecal, retenções urinárias, constipação, algias pélvicas, disfunções sexuais) inclusive no ciclo gravídico-puerperal.
O atendimento é realizado às quartas-feiras, a partir das 13h, na Clínica Avançada de Fisioterapia (CAFIS) do Ambulatório Docente-Assistencial da Bahiana (ADAB), na Unidade Acadêmica Brotas. Nos encontros, são realizadas palestras educativas, além do atendimento com triagem e tratamento. Participam da iniciativa integrantes do Grupo de Atenção ao Assoalho Pélvico, composto de alunos da graduação e pós-graduação da Bahiana, professores de entidades parcerias, liderados pela pesquisadora Prof.ª Dra. Patrícia Lordêlo.