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29/05/2015
A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública realizou, no dia 29 de maio, o Encontro Anual do Centro de HTLV, na Unidade Acadêmica Brotas.
O evento é fruto de uma parceria entre o curso de Enfermagem, o Programa de Educação Tutorial (PET) de Fisioterapia/Fapesb e a Associação HTLVida com o objetivo de reunir todos os pacientes, docentes e discentes para discutir os projetos feitos durante o semestre, melhorias e inovações nos tratamentos da doença e esclarecer dúvidas dos portadores de HTLV.
Segundo o coordenador do Centro Integrativo e Multidisciplinar de HTLV, Prof. Bernardo Galvão, a reunião é fundamental para avaliar e melhorar a qualidade do atendimento. “É um evento bianual, realizado em conjunto com os usuários (portadores, pacientes e familiares) que visa melhorar a adesão ao acompanhamento e reforçar medidas de prevenção”, explica.
A presidente da Associação HTLVida, Adjeane Oliveira, relata que o encontro possibilita um diálogo entre o Centro de HTLV, pacientes e a associação. “Acordamos no fim do ano passado em ter três encontros com os membros do centro para que eles nos deem uma devolutiva dos projetos e o que vem sendo feito em prol dos pacientes de HTVL”, pontua.
O estagiário do Centro de HTLV, aluno do curso de Psicologia da Bahiana do 10° semestre, Lucas de Medeiros, parabeniza a iniciativa do grupo HTLVida em conjunto com a Bahiana. “O Grupo HTLVida é muito importante, uma iniciativa própria dos portadores que traz uma boa perspectiva de multiplicação de conhecimento, para as pessoas que não têm acesso à informação e, com isso, estendemos o nosso trabalho”.
O HTLV é uma doença que afeta o nervo ciático e uma das principais periculosidades da doença é a paralisia. A portadora Maria da Conceição, 52 anos, enfatiza que obteve todo o apoio necessário no centro e que a doença causa limitações terríveis para sua rotina de vida. “Sou nova aqui na Bahia e descobri a doença em 2011. Indicaram-me a Bahiana e tive a oportunidade de conhecer mais o problema, pois tenho sérias crises de incontinência urinária, dores na coluna e peso nas pernas. Se não me cuidar, posso ficar paraplégica e, para mim, é ótimo esse convívio com pessoas que têm as mesmas experiências que passo”, conclui.
A docente de Enfermagem do Projeto de Extensão Cuidar Faz Bem, da Bahiana, Aidê Nunes, destaca a importância do Centro de HTLV, que reúne uma equipe multidisciplinar que objetiva disseminar os cuidados para os portadores da doença. “Esse atendimento, esse cuidar não é desenvolvido apenas reduzindo o paciente a ser portador de um vírus, esse cuidar é dispensado de forma holística e com um suporte integral, observando se esse cidadão tem outras dificuldades, como ele vive e quais são os seus valores e culturas”, finaliza.