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NUPEIS realiza atividades no mês da mulher

Integrantes do Núcleo de Pesquisa e Estudos Interfaces em Saúde participam de oficina de acolhimento e realizam atividades com internas da penitenciária Lemos de Brito.

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No dia 22 de fevereiro, foi realizada, na Unidade Acadêmica Cabula, a Oficina de Acolhimento do Núcleo de Pesquisa e Estudos Interfaces em Saúde (NUPEIS). A programação contou com a participação da convidada especial, enfermeira Aldacy Gonçalves.

"Foi uma oficina muito bonita regada a muita emoção e muitos depoimentos fantásticos dos alunos quanto ao crescimento como integrantes do grupo! Foi uma atividade muito gratificante", declarou a Prof.ª Tânia Bispo, coordenadora do NUPEIS que também está à frente do projeto Ser mulher, estar grávida e presidiária: difíceis caminhos, que desenvolve atividades de educação em saúde com a população carcerária feminina do Complexo Penitenciário Lemos de Brito.

     

Dando continuidade às atividades do grupo de pesquisa, foi realizada, no dia 8 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a oficina “Mulheres inesquecíveis”, “que buscou proporcionar a troca de saberes entre as mulheres carcerárias e os integrantes do Grupo de Pesquisa NUPEIS. A oficina foi sobre o significado de ser mulher na atualidade e no contexto carcerário”, conta Prof.ª Tânia Bispo.

A coordenadora do grupo conta que, na abordagem com as carcerárias que participam do projeto, são utilizadas, preferencialmente, metodologias participativas que busquem a integração das participantes com o grupo de pesquisa. “De início, foi realizada uma dinâmica de acolhimento com as mulheres em situação de prisão, após uma discussão sobre o Ser Mulher na atualidade e no contexto prisional e, logo após, foi oferecido um lanche e a entrega de brindes”, relata.

Segundo a professora, diante das falas das participantes, foi possível perceber que ser mulher na atualidade e no contexto carcerário “é ser guerreira, forte, com múltiplos papeis a serem desempenhados e o contexto carcerário reafirma mais uma vez a força da mulher em se manter viva e determinada, mesmo diante do afastamento de sua família e de sua vida anterior”. 

     

Professora Tânia Bispo aponta que o projeto contribui diretamente para o fortalecimento da melhoria da qualidade da assistência à mulher em situação de prisão, através do desenvolvimento de atividades de promoção à saúde de caráter interdisciplinar tendo em vista as práticas e condutas humanísticas, em consonância com os programas e políticas públicas do Ministério da Saúde direcionados à mulher em situação de prisão.


Ser mulher, estar grávida e presidiária: difíceis caminhos

O projeto de pesquisa Ser mulher, estar grávida e presidiária: difíceis caminhos surgiu diante da necessidade de ampliação dos espaços que promovam articulação entre os pilares da universidade – Ensino, Pesquisa e Extensão – com as políticas e programas do Ministério da Saúde. O projeto é de autoria da Prof.ª Dra. Tânia Bispo, tendo a participação dos cursos de Enfermagem da Bahiana e da UNEB e é desenvolvido no complexo penitenciário feminino de Salvador, Lemos de Brito, desde 2013.  

A iniciativa tem como objetivo executar ações de educação em saúde, visando preparar gestantes e mulheres em situação de prisão para questões relativas ao processo de gestação, parto e puerpério, saúde sexual e reprodutiva, prevenção de DST/HIV e questões de gênero. Como fruto desse projeto, vêm sendo desenvolvidos inúmeros trabalhos de conclusão de cursos (TCC) e dissertações de mestrado e teses de doutorado de ambas as instituições participantes, bem como a publicação de artigos científicos e apresentação de trabalhos em eventos científicos da área.