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21/05/2016
“A Feira de Saúde Cuidar Faz Bem vem reafirmando, na sua segunda edição, o compromisso da Bahiana com ações de responsabilidade social, principalmente no âmbito da promoção e prevenção de saúde. Neste ano, apresentou uma característica diferente e teve como premissa fortalecer e difundir as ações desenvolvidas no Ambulatório Docente-Assistencial da Bahiana (ADAB)”, explica a coordenadora da Feira, Prof.ª Aidê Nunes que esteve presente na II Feira de Saúde Cuidar Faz Bem, realizada no dia 21 de maio, no bairro de Itapuã.
A ação contou com a parceria do Itapuã City, um portal comunitário do bairro de Itapuã, do Sine Bahia e da Igreja Católica e reuniu docentes e discentes dos cursos de Enfermagem, Medicina, Psicologia e Fisioterapia e a comunidade em geral, oferecendo espaços para todas as idades.
Estiveram à disposição da população os stands do Hospital Humberto Castro Lima que atuou em parceria com o Centro de HTLV e a Associação HTLVida, promovendo informações de prevenção e cuidado com os olhos; Vivendo com Epilepsia e Saúde Mental que abordaram os cuidados com o paciente de epilepsia e de transtornos mentais; os espaços Hora da Criança e Saúde da Mulher, com a promoção da educação em saúde, além de atendimentos para a identificação da hipertensão e do diabetes. Através do Sine Bahia, também foram oferecidos serviços de emissão de carteira de trabalho e previdência social e o cadastro no portal Mais Emprego que possibilitou aos integrantes da feira pesquisar vagas no mercado de trabalho.
Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem, Prof.ª Cristiane Magali, a feira Cuidar Faz Bem teve seu início com o curso de Enfermagem vinculado ao projeto de extensão Cuidar Faz Bem que é um projeto existente dentro do ADAB. “Por estarmos inseridos no ADAB que é um ambulatório interprofissional e interdisciplinar, o professor Humberto de Castro Lima Filho nos convidou a fazer a feira nessa perspectiva, trazendo outros serviços do ambulatório, ampliando para essa interdisciplinaridade. Estamos honrados com esse convite e era um desejo nosso que a feira tomasse essa proporção de proporcionar um cuidado em que todos nós da saúde estamos inseridos e esse é o espírito da Bahiana”, conclui.
O gestor do ADAB, Dr. Humberto de Castro Lima Filho relata que a feira é gerida por estudantes, sendo esse um fator importante, pois eles vão vivenciar essas práticas na vida profissional. “Nossa missão como escola é oferecer essas oportunidades aos discentes, que ministram atividades educativas com a comunidade, ensinando-as como proceder em determinadas situações e essas pessoas vão ter um papel de disseminar esse conhecimento”, explica.
No stand Hora da Criança foram realizadas atividades lúdicas e criativas, com um miniteatro sobre o vírus da Zika e a microcefalia, assim como brincadeiras para combater o mosquito. Informações sobre alimentação saudável e uma biblioteca com livros gratuitos para as crianças também foram temas abordados com a participação dos Anjos da Enfermagem e os Anjos de Jaleco. Durante a feira, houve também a comercialização de itens, por meio de um Brechó Chique, cuja renda será revertida para a Associação HTLVida.
“Hoje, aqui, é mais uma consolidação da parceria que temos com a Bahiana, especial ao grupo de extensão Cuidar Faz Bem e conseguimos uma feira muito maior do que o ano passado. Estamos muito felizes e a divulgação dos nossos stands está bem aceita pelo público”, explica a presidente da Associação HTLVida, Adejane Oliveira.
A coordenadora discente da feira, Jaddy Kelly, estudante do 9° semestre do curso de Enfermagem da Bahiana, relata que a proposta da programação é a promoção de saúde para a comunidade, principalmente para aquelas pessoas que não têm acesso aos serviços. “Sou nascida e criada em Itapuã e a feira este ano, com a ampliação dos serviços, é fundamental tanto para a comunidade quanto para o meu curso por termos a oportunidade de agregar nossos conhecimentos acadêmicos e aplicá-los na prática, nos stands”, relata Jaddy
“Conseguimos abranger neste ano um público muito maior com a diversidade de serviços e stands oferecidos, focamos em outros stands como Saúde na Mulher, Hospital Humberto Castro Lima, Epilepsia e Saúde Mental e para minha formação é maravilhoso, uma experiência única, principalmente por fazer parte da coordenação, pois participamos de todas as etapas desde a organização até a infraestrutura da feira”, explica Tarsila Santos, coordenadora discente da feira, aluna do 9° semestre do curso de Enfermagem.
A proposta do stand de Saúde Mental foi levar a normalidade do transtorno mental para a comunidade, além de serem comercializados artesanatos feitos pelos pacientes do Juliano Moreira, cuja venda foi revertida para o hospital. “Ainda existe muito preconceito relacionado ao transtorno mental, então, queremos passar para as pessoas que quem tem diabetes ou hipertensão e toma remédios todos os dias não é diferente de um portador de transtorno mental, que é uma doença como qualquer outra. A didática do stand é justamente quebrar esses estigmas e preconceitos”, relata a enfermeira formada pela Bahiana, Rebeca Belo.
Sendo uma inovação da feira, o stand de Epilepsia trouxe uma dramatização informando a população acerca dos cuidados com uma crise epilética, além de informações sobre a doença. “Tivemos o intuito de trazer esse stand, pois as pessoas ainda têm muito preconceito com a epilepsia, muitos por desconhecimento da doença. Nosso objetivo é informar a comunidade e conscientizá-la de que o epilético pode ter uma rotina normal, tanto de trabalho quanto social”, explica Alice Barros, estudante do 9° semestre de Enfermagem e coordenadora do stand de Epilepsia.
“Sou morador de Itapuã e trouxe meus filhos para conhecerem a feira que está excelente, principalmente o stand a Hora da Criança que possibilitou muitas informações não só para meus filhos como pra mim, de uma forma bastante lúdica”, relata o morador Eliezer de Jesus Santos.
A ação foi inédita no bairro e movimentou os moradores que tiveram a oportunidade de desfrutar de serviços gratuitos e de interesse público. “Passei por aqui e aproveitei para fazer uma visita aos stands. É muito importante uma iniciativa como essa, pois, muitas vezes, não temos acesso a muitos desses serviços e informações”, conclui Glória Silva, aposentada.