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01/11/2016
Identificar os profissionais e estudantes praticantes e interessados em promover a saúde por meio das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) foi o objetivo do I Encontro de Práticas Integrativas e Complementares da Bahiana, realizado no dia 1º de novembro, na Unidade Acadêmica Brotas.
Coordenado pelas professoras Renata Roseghini, de Biomedicina e Mônica Oliveira, de Medicina, o encontro teve como palestrantes Maria Luísa de Castro Almeida (Superintendência de Atenção Integral à Saúde), Ana Emília Andrade (SESAB) e Anamelia Lins (UFBA), que apresentaram a atual situação das práticas integrativas e complementares no ensino, dentro de instituições de saúde e na assistência pelo SUS.
Reike, homeopatia, fitoterapia, cromoterapia, cristaloterapia e acupuntura são algumas das PICs que recentemente passaram a ser aceitas pelo SUS devido à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).
De acordo com a pró-reitora de extensão, Carolina Pedroza, o evento inaugurou uma série de encontros relacionados às PICs, dentro da Bahiana. "A ideia é firmar a integração entre a pesquisa, o ensino e a extensão nos cursos em relação às PICs".
Segundo professora Renata Roseghini, dentro do grupo de docentes e discentes da Bahiana já existiam pessoas que trabalhavam ou tinham contato com as PICs. "Nos identificamos, começamos a nos reunir, indicar outras pessoas e veio a ideia de realizar um encontro para dar corpo e força a esse movimento dentro da instituição".
Para Ana Emília Andrade, atualmente, na Bahia, as PICs estão em uma fase de mapeamento para a construção de uma política estadual. "Nós já avançamos bastante, na medida em que já conseguimos identificar as práticas existentes e o perfil delas dentro do estado da Bahia. Podemos ter uma política que esteja identificada com a cultura e a ancestralidade da Bahia, considerando as populações e a riqueza cultural que nós temos".
Porém, ela aponta como um entrave a falta de financiamento para a progressão desse trabalho. "A grande estratégia que nós temos são as parcerias com as unidades formadoras e com a sociedade civil. A Bahiana tem contribuído a partir de uma construção teórica e filosófica para a elaboração de uma política. Ela pode estar integrada ao movimento na área da pesquisa, na extensão, levando as pesquisas para fora dos muros institucionais".
"É um momento muito especial. Não é comum discutirmos esse tema e esses encontros na Bahiana são inovadores. Para um professor que segue essa linha de pensamento, é possível se atualizar e também ser muito incentivado. É uma grande oportunidade para que façamos um movimento maior e criemos uma rede para que possamos oferecer essa vertente aos alunos. Porque a saúde não é somente médica, ela é muito mais universal e integrativa", relatou a professora do curso de Enfermagem da Bahiana e de Práticas Integrativas e Complementares na Universidade do Estado da Bahia, acupunturista e facilitadora em meditação, Sandra Portella.