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28/03/2017
Mais que uma simples formalidade, o momento foi de grande emoção. Os estudantes do 4º semestre do curso de Odontologia da Bahiana participaram da Entrada Triunfal, no dia 28 de março, no Ambulatório de Odontologia da instituição, momento que determina o início das atividades práticas do componente curricular Clínica da Criança I. Para marcar a ocasião, foi realizada uma apresentação de Hip Hop com os colaboradores Gabriel Silva, o "Salvi" (NTI), Thomás Daltro, na cena conhecido como Tom VX (Administração da Unidade Acadêmica Cabula) e o convidado Felipe Ballester. A iniciativa foi coordenada pelas professoras da disciplina Ana Carla Robatto, Iza Peixoto e Tatiana Frederico.
"Sempre fazemos esse evento para marcar a entrada da 1ª clínica, o primeiro ano de contato com o paciente. Desta vez, trouxemos um pouco de arte de periferia que é o Hip Hop” afirmou Prof.ª Ana Carla. Segundo ela a ideia foi preparar os estudantes para um contato mais próximo com pacientes que vivenciam diferentes situações e dificuldades em suas vidas. “Houve uma junção muito bacana com a participação de dois dos nossos colaboradores com composições próprias e o que quisemos, na verdade, foi trazer um pouco de realidade para nossos alunos, para que eles tenham uma visão mais ampliada do cuidado integral com o ser humano. Nós não queremos formar somente técnicos, queremos formar profissionais que valorizem o cuidado integral com o paciente", justifica.
Durante sua passagem pelo componente Clínica da Criança I, os estudantes atuarão em dupla, atendendo crianças de 6 a 12 anos, quando poderão realizar procedimentos de promoção de saúde bucal (orientação de higiene oral, fluorterpia, orientação de dieta, selamento de fossulas e fissuras) e restaurações de dentes variados utilizando técnica menos invasiva que trazem menos desconforto para o paciente.
Além de professores, coordenadores e alunos monitores, também participaram da solenidade a coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas, Prof.ª Luiza Ribeiro e o coordenador do curso de Odontologia, Prof. Urbino Tunes. "Esse momento é um marco em que o curso registra a passagem do ciclo básico de formação para o ciclo clínico, em que eles vão estar atendendo os pacientes, tendo essa vivência de um exercício profissional efetivo e, inclusive, agregando valor, do ponto de vista da formação humanística. Eles aprendem como conduzir o cuidado com o paciente que está sob a sua responsabilidade, cuidar e devolver, muitas vezes, a autoestima, autoconfiança e a felicidade a essas pessoas", declara Tunes.
O primeiro contato
"Estamos muito felizes, é o nosso primeiro contato com o paciente. Vimos muita teoria para estarmos preparados para a prática hoje. Aproveito para agradecer aos professores, porque eles nos preparam muito para esse momento e sabem que estamos prontos. Esperamos dar esse retorno aos pacientes", declara a líder de turma, Jaíle Leite Campos. Ela também pontua a importância da apresentação do Hip Hop como uma chamada às diversas realidades que passarão a vivenciar. "Esse é o momento de vivenciar a realidade do paciente que é diferente da nossa. Além de ter o cuidado que devemos ter, a Bahiana nos ensina a olhar não só uma boca, é o corpo do paciente, é olhar ele como um todo".
Segundo o estudante Antônio Nunes Rosa Neto, antes de realizar a atividade, estava muito apreensivo sobre como seria sua interação com os pacientes. "Estava muito nervoso, porque não sabia como seria esse contato com a criança, se ela ficaria muito agitada, mas temos que saber lidar com todas as situações. Mesmo com todo o nervosismo, eu vim preparado para acolher aquela criança da melhor maneira possível, acolher a mãe, ser o mais humano possível com aquelas pessoas, tentar também ensinar o máximo de informações para melhorar a sua higiene bucal."
Participar artisticamente da Entrada Triunfal foi também marcante para o colaborador Thomás Daltro, o "Tom VX". Ele conta que a música entrou em sua vida de forma decisiva, tirando-o da acomodação da geração TV – Computador e tornando-o um protagonista da própria vida. Tom diz que o Hip Hop proporciona essa reflexão frente às diferentes realidades sociais do Brasil. "A gente pode acrescentar tanto na questão da percepção coletiva, porque não é só tirar a pessoa da periferia para fazer rima e ajudar, se a gente não atingir o outro lado, o "desenvolvido", nada vai mudar. Então, a ideia é trazer essa mensagem para os alunos da Bahiana”.