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27/02/2018
As atividades do Programa de Pós-Graduação da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública tiveram início com uma aula inaugural especial, que aconteceu na manhã de 23 de fevereiro, no Centro de Convenções da Unidade Acadêmica Cabula.
A solenidade de abertura contou com uma apresentação do coral Canta Bahiana e com a presença da coordenadora do Mestrado e Doutorado de Medicina e Saúde Humana, Prof.ª Dr.ª Ana Marice Teixeira Ladeia, dos professores Luis Cláudio Correia, Bernardo Galvão Castro Filho e Armênio Costa Guimarães. Também esteve presente o coordenador do Programa de Mestrado em Tecnologias em Saúde, Dr. Marcos Antônio Almeida Matos.
Programação
Na ocasião, os novos mestrandos e doutorandos, além de professores e pesquisadores da instituição, puderam assistir às palestras "Jozé Correia Picanço: um professor inovador, um zelador da Medicina", proferida pela professora Almira Maria Vinhaes Dantas, e “Jozé Correa Picanço – o homem e a sua ideia”.
A segunda fala ficou por conta do professor convidado João Lima, diretor do departamento de imagem cardiovascular do Hospital Johns Hopkins (EUA), que apresentou o trabalho de pesquisa "Inteligência artificial: O Estudo Multi-Étnico em Arterioscleroses".
Para Almira Maria Vinhaes Dantas, a importância de se estudar o passado é poder aprender com aquilo que já foi feito para que se possa chegar a melhores resultados no presente. "Quando eu era estudante de Medicina, era estimulada a desenvolver o pensamento científico, e a história é que vai nos ajudar com isso. É observando os sucessos e insucessos do passado que podemos promover a evolução científica", declarou.
Por sua vez, Prof. João Lima apontou a relevância de os pesquisadores manterem a mente aberta para a introdução das novas tecnologias na saúde. "Não devemos nos sentir ameaçados pelas mudanças. A tecnologia pode e deve ser introduzida de forma ética, cuidadosa e responsável. Devemos estar abertos às novas tecnologias para que elas agreguem e não para que concorram com as nossas capacidades.”
Para a professora do curso de Psicologia e do Mestrado em Tecnologias em Saúde, Marilda Castellar, as escolhas dos dois convidados promoveram um debate amplo, que uniu o passado, o presente e o futuro da pesquisa em saúde. "É muito importante estudar esse passado para entender o presente. Esse processo nos ajuda a processar o futuro e podermos ver e entender esse processo aqui hoje."
O professor Luis Cláudio Correia, coorganizador do evento ao lado de Ana Marice Teixeira Ladeia, diz que o Programa de Pós-Graduação da Bahiana deve sempre estar inovando e aponta o espaço acadêmico como um verdadeiro celeiro de produção de conhecimento. “A gente considera que a pós-graduação está no pioneirismo do conhecimento, é onde se cria mais conhecimento. Então, temos que estar sempre nos reinventando de um ano para o outro, e um evento como esse é uma reinvenção.”
Além de mudanças promovidas dentro dos próprios componentes curriculares, ele enfatiza que a chegada de novos acadêmicos, por si só, já é uma inovação. “Uma coisa que é diferente de um ano para o outro são os novos pós-graduandos. Eles vêm cada um com a sua história, vêm de diferentes gerações, um mais novos outros mais velhos. Essas pessoas trazem conhecimento. Então, na pós-graduação, não há mais aquela relação professor-aluno, há uma construção de conhecimento que se dá de forma conjunta.”
As palestras de abertura foram seguidas de mesas-redondas e debates que expuseram pontos, como "A pergunta científica", "A resposta científica" e "Como avaliar a factibilidade de um projeto científico?".