"O curso existe há 18 anos, mas nunca esteve parado nem tampouco desatento ao que temos discutido na psicologia. Tudo o que desenvolvemos se relaciona diretamente com o que é proposto nessa área, que completa 56 anos de profissão no Brasil", afirma Sylvia Barreto, destacando a homenagem que o Conselho Federal de Psicologia fez a 56 profissionais, dentre eles dois baianos: o prof. Antônio Virgílio Bittencourt Bastos e o prof. Marcos Vinícios de Oliveira (in memorian). "Nossos desafios continuam os mesmos, estamos refletindo, de forma ética e crítica, a função da psicologia na sociedade", reitera.
Sylvia explica que a programação da jornada foi construída coletivamente e priorizou a valorização de todos aqueles que contribuíram para a história do curso, tendo, dessa forma, como destaque, no segundo dia de atividades, a conferência de abertura "Desafios na Formação em Psicologia", com a presença de Maria Rosália Correia, primeira coordenadora do curso de Psicologia, e a mesa-redonda "Psicologia para quê? Para quem? ”, com os representantes de órgãos de classe, no turno da tarde, além da exibição de diversas oficinas ministradas por ex-alunas do curso.
Para Angélica Mendes, o êxito do NAPP vem do esforço e comprometimento de toda a equipe do Núcleo: "Não é possível que o trabalho do NAPP se torne mecânico, porque, quando você trabalha com a subjetividade, com as questões psíquicas, emocionais e com a saúde mental, você é desafiado o tempo inteiro a dar conta de articulações e espaços de expressão, de diálogo. Nossa prática nos desafia o tempo inteiro a lidar com a subjetividade. O trabalho da gente é abrir, ampliar e convidar os nossos professores, alunos e suas famílias a expressarem suas questões."
Segundo a gestora da Clínica de Psicologia e professora do curso de graduação, Myla Arouca, os 15 anos da unidade vêm sendo construídos por meio de um olhar focado no indivíduo e na sociedade: "A Clínica de Psicologia está sempre atenta à formação do futuro psicólogo. Estamos atentos ao que a sociedade precisa e, principalmente, às demandas sociais. Temos uma diversidade de possibilidades de atuação, então a gente não pode pensar apenas na nossa realidade, no que achamos ser mais importante. Precisamos pensar no cuidado de que as pessoas precisam. Contextualizar esse sujeito que precisa do nosso cuidado é o nosso maior desafio".
O evento contou com um presente ofertado pela estudante Luiza Rodrigues do 6º semestre de Psicologia,
uma poesia que foi lida durante a Jornada.
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