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III Encontro de Inclusão e Diversidade

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A terceira edição do Encontro de Inclusão e Diversidade da Bahiana foi uma verdadeira lição de acessibilidade e educação. O evento aconteceu no dia 25 de outubro, no Campus Cabula da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e teve como temática a “Formação acadêmica e desenvolvimento profissional”, contando com intérprete de libras e equipamentos de audiodescrição para pessoas com deficiência.  A abertura do encontro foi realizada por Angélica Mendes, coordenadora do Núcleo de Atenção Psicopedagógica (NAPP), junto com as psicopedagogas Josélia Abreu e Ana Paula Barros.

Angélica Mendes ressaltou a importância de a Bahiana promover mais uma edição do encontro e a repercussão positiva disso o ambiente social. “Queremos fazer uma educação verdadeira, real e inclusiva, e a gente tem um caminho muito longo a percorrer, pois temos muito que aprender. Eu sinto que a importância desses encontros é a reunião de pessoas da nossa instituição e de outras instituições para dialogar e compartilhar uma experiência dos saberes. Nós somos muito grandes, quando a gente está junto do outro, quando a gente traz o mundo pra a gente, a gente cresce e o mundo cresce”, explica.

A primeira mesa-redonda, “Processo de inclusão da pessoa com deficiência no ambiente profissional e acadêmico”, teve a presença da pedagoga e especialista em Educação Inclusiva, Cristina de Araújo Reis, que possui baixa visão e contou sua história de vida, as dificuldades e superação que enfrentou no ambiente acadêmico. Cristina expressou como a pessoa com deficiência precisa ocupar os espaços para garantir um processo de crescimento. “É importante a inclusão do deficiente, no sentido de ele estar participando da universidade, seja como estudante, professor ou técnico. É essencial, porque esse ambiente acadêmico é um espaço formador”, afirmou. 

A pedagoga e doutora em Educação Jaciete Barbosa dos Santos também participou da mesa e palestrou sobre a deficiência vista como extensão da diversidade humana, sobre as leis de inclusão do deficiente na universidade, que estão vigentes no Brasil, e sobre como o diálogo, em eventos como esse, promovido pela Bahiana, é uma oportunidade de enfrentamento dos desafios e preconceitos vigentes na sociedade.

O encontro teve, ainda, a apresentação da banda Opaxorô, composta por integrantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Os músicos apresentaram o espetáculo “Era Uma Vez”, no qual cantaram músicas de sucesso de produções artísticas antigas. O show encantou toda a plateia, que dançou e cantou junto com a banda.

Cristiane Oliveira, aluna de Psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), possui deficiência visual e expressou como foi significativo para sua formação participar desse encontro. “As pessoas falam muito de inclusão, mas, muitas vezes, nesses espaços, não tem a presença do deficiente. O deficiente precisa falar da sua dificuldade e necessidade. Achei esse evento maravilhoso, estou me sentindo incluída e parabenizo a Bahiana pela estrutura com uma ótima acessibilidade, pois muitas instituições não possuem esse acesso viável para o deficiente”.

Ian Araújo, estudante de Odontologia da Bahiana, conta como é relevante a estruturação de um encontro dedicado à diversidade: “Esse evento é muito interessante, porque a gente vê as atitudes da Bahiana em relação à inclusão de estudantes com deficiências, mas, muitas vezes, não sabemos como nos portar adequadamente diante dessas pessoas. Então, é essencial termos contato com esse encontro e entender como conviver e respeitar as diferenças no nosso convívio social e acadêmico”.

A segunda mesa-redonda do evento, “A diversidade de gênero no processo de formação acadêmica”, teve a presença do psicólogo e ex-aluno da Bahiana Álon Maurício da Silva, que abordou acerca dos desafios da pessoa LGBTQI+ com deficiência. “É importante falar desse assunto que, sobretudo, é essencial para o papel social do profissional de saúde”, ressaltou.

O evento encerrou com o professor de Odontologia da Bahiana Ricardo Araújo, que palestrou acerca do trabalho com pessoas transexuais, a partir da perspectiva do contexto pedagógico e da área da saúde.

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