, que contou como esse projeto representa uma ação bem-sucedida. “O ParaPraia já atendeu mais de 1.500 pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida e proporciona um momento de prazer, alegria e inclusão. Agora mesmo, eu estava acompanhando dona Maria, que tinha 23 anos que não entrava no mar, morava aqui próximo, no Alto do Coqueirinho. Agradeço à Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública pela parceria e aos professores e alunos de Fisioterapia, Enfermagem e Educação Física que participam e são a alma desse projeto”, afirmou.
A banhista Carolina Santos, que antes do projeto ficou 9 anos sem tomar um banho de mar, conta que já participa do projeto há quatro anos. “É muito bom, afinal foram 9 anos no passeio, vendo as pessoas na praia e agora também estou na praia. Agradeço muito à Bahiana e a todas as empresas envolvidas”.
O coordenador do projeto, Renato Linhares, recordou como o ParaPraia foi idealizado, há 6 anos: “O então subsecretário da secretária de Cidade Sustentável da Prefeitura de Salvador expôs uma série de projetos para parcerias, entre eles estava o ParaPraia. Apresentamos para algumas empresas e chegamos à Bahiana, que estava procurando uma proposta na mesma linha. A parceria foi imediata, visto que a escola poderia orientar o manejo dessas pessoas com mobilidade reduzida”. Segundo Renato, outro ponto incentivado pela participação da Bahiana foi o desenvolvimento da cultura do voluntariado: “Em um primeiro momento, por meio dos próprios colaboradores e alunos da casa e, posteriormente, com o envolvimento da população. Há crianças que nunca entraram no mar e adultos que estão sem ir há mais de 20 anos. Graças à ação, essas pessoas podem ter esse momento de lazer”.
Luciana Oliveira, coordenadora docente do ParaPraia e coordenadora do Núcleo Comum da Bahiana, explica qual é a diferença dessa edição do evento para os anos anteriores: “A novidade esse ano é que resolvemos explorar mais as praias. A gente está conhecendo agora, por exemplo, a praia de Itapuã e, por fim, no dia 26 de janeiro, voltaremos para Ondina, que é o lugar que nos acolheu desde o início, a nossa praia-mãe”. Além desses dois locais, o ParaPraia vai acontecer também nos dias 19 e 20 de janeiro na praia de Arembepe.
São muitos os voluntários no ParaPraia, sejam eles membros da Bahiana ou da comunidade externa. Luciana Oliveira esclarece também sobre como é o processo para participar do projeto através do voluntariado. “A Escola Bahiana está cumprindo o seu papel de responsabilidade social, que é, também, ajudar a comunidade a perceber que ela também pode ser um fator de inclusão, auxiliando as pessoas que são portadoras de mobilidade reduzida a tomar um banho assistido e, dessa forma, empoderar essa população. E quem quiser ser voluntário para atuar nos próximos dias do Parapraia, precisa procurar a extensão da Bahiana para poder se inscrever através do e-mail
parapraia@bahiana.edu.br”.
O projeto é aberto a todo o público, inclusive, para colaboradores da instituição. Carlos Lima, voluntário e gestor do Setor de Controle e Prevenção (SECOP) da Bahiana, participou, pela primeira vez, como voluntário da ação. “Foi extremamente gratificante possibilitar às pessoas com mobilidade reduzida o acesso à praia e ao banho de mar. É uma atitude muito interessante para os dois lados, para quem toma o banho de mar e para quem ajuda.” Carlos avaliou a experiência como enriquecedora.
Igor Allonso, é fisioterapeuta, ex-aluno da Bahiana e coordenador técnico do ParaPraia. Ele compartilhou com todos os demais participantes sua experiência durante todos esses anos de projeto: “Eu comecei no ParaPraia como voluntário em 2014, em sua primeira edição, quando eu ainda era aluno da Bahiana. Passei três anos como voluntário e, quando me formei, recebi o convite para coordenar o projeto. Para mim, é mais do que motivante participar dessa iniciativa, pois a gente ouve e vê histórias emocionantes. É uma atividade simples, como tomar banho de mar, que, para muitas pessoas é insignificante, mas, para outras tantas, tem um valor imensurável. Então, cada sorriso que nós vemos dos banhistas é muito gratificante”, finaliza.
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