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Encontro discute saúde na população LGBTQI+

Simpósio foi promovido pelo componente curricular Saúde Coletiva III do curso de Odontologia.

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Discutir questões contemporâneas relacionadas à saúde da população LGBTQI+ no contexto universitário. Este foi o principal objetivo do Simpósio Cuidados em saúde com a população LGBTQI+: você está capacitad@?, que aconteceu durante o dia 26 de setembro, no Campus Cabula da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. A iniciativa é do componente curricular Saúde Coletiva III do curso de Odontologia, que compreende os estudantes do 7º semestre e foi coordenado pelos professores Ricardo Silva e Marlene Barreto. O professor Ricardo explica que o componente realiza, sempre no primeiro semestre, um simpósio sobre substâncias psicoativas e, no segundo semestre, um novo encontro sobre a saúde dentro do contexto da população LGBTQI+. 

      
A vasta programação, que conferiu certificado de 8 horas aos participantes, contou com uma série de rodas de conversa com pesquisadores, professores e ativistas sociais, promovendo discussões sobre o sujeito biopsicossocial inserido nas práticas em saúde.  Entre os temas debatidos, “As formas de prevenção e contaminação pelo vírus HIV” foi um dos pontos abordados pela palestrante e pesquisadora Acácia Pereira, que relatou que as populações mais vulneráveis à contaminação, como as profissionais do sexo e os usuários de drogas injetáveis, têm dificuldade de adentrar ambientes nos quais as estratégias de prevenção são disseminadas. "As barreiras para uma boa política pública de prevenção da transmissão do HIV estão, na maioria das vezes, relacionadas ao estigma e à discriminação. Outra barreira é a invisibilidade delas perante as políticas públicas. Existe uma política que vê a população LGBTQI+, mas, dentre essa política, não há uma política específica para o transgênero, por exemplo. Essas barreiras são muito fortes e fazem com que a epidemia produza mais dados". Ela participou de uma mesa-redonda com o professor Ricardo Silva e com o ativista e educador físico Bruno Santana, primeiro estudante transgênero a se graduar pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

Ainda no turno da manhã, a coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas da Bahiana, prof. ª Luiza Ribeiro, mediou uma mesa com as integrantes do Coletivo MADAS, sobre experiências de pessoas LGBTQI+ dentro da família, no ambiente escolar, universitário e em espaços de convivência. No turno da tarde, o casal transgênero João Hugo e Sellena Ramos fizeram um relato de experiências sobre a Casa Aurora, um dos primeiros espaços de acolhimento a jovens LGBTQI+ com faixa etária de 18 a 29 anos.

O momento final acolheu as falas do pesquisador e profissional de saúde Ailton Santos, do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), o enfermeiro e pesquisador Anderson Reis, da Universidade Federal da Bahia, e a médica-endocrinologista Luciana Barros Oliveira. Os três convidados falaram sobre questões, como o atendimento ao paciente LGBTQI+, a saúde de homens trans e a redesignação sexual.


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