Ambulatório de Avaliação Cardiovascular para Atletas realiza primeiro dia de atendimentos

Atletas federados de diversas modalidades já podem ser atendidos pelo Ambulatório de Avaliação Cardiovascular da Bahiana, uma iniciativa realizada no âmbito da extensão pelos cursos de Educação Física e Medicina, cujo primeiro dia de atividades aconteceu no último sábado, 23 de novembro, no Ambulatório Docente-Assistencial da Bahiana Saúde, no Campus Brotas. Estiveram presentes estudantes dos dois cursos e os professores Luiz Ritt, diretor médico do Ambulatório Docente-Assistencial da Bahiana e médico cardiologista, e o professor Roque Ribeiro Sanches Filho.

Ao longo da manhã, os atletas que se inscreveram para o atendimento passaram por uma avaliação cardiovascular, por meio de consulta, eletrocardiograma, ecocardiograma, exames laboratoriais e por uma avaliação com a equipe de Educação Física, passando pela bioimpedância, permitindo uma avaliação fisiológico funcional mais precisa. Todos os atletas que serão avaliados, participaram de uma ação com a Liga de Emergências Clínicas da Bahiana, por quem foram treinados em ressuscitação cardíaca. Renata Gouveia, atleta de boxe há 14 anos, conta que já havia feita avaliações, porém nunca com tanta profundidade. “Essa avaliação de hoje foi muito específica, possibilitando ver a gordura, a massa magra, o que tem que melhorar, onde está bom. Com certeza, vou levar esse resultado para meu treinador”, afirma a atleta.

Dr. Ritt ressalta, entre os benefícios do programa, a oferta de um serviço de referência no atendimento a atletas, até então inexistente na Bahia. “A interação multidisciplinar é um ponto importante dessa iniciativa, pois temos estudantes de Medicina e de Educação Física trabalhando juntos em prol desses atletas. Um outro ponto é a possibilidade de realizarmos pesquisa, que é outro pilar que temos na Bahiana Saúde. Esses dados vão poder ser compilados para poder fazer um perfil do atleta baiano”, pontua o professor. Para a estudante de Medicina, Lara Araújo Viana, do 8º semestre de Medicina, a iniciativa é muito importante para os atletas. “Essa é uma população que tem alguns achados que precisam ser investigados. São pessoas que realizam exercícios de alto impacto, o que pode acabar mascarando algumas patologias. Eu aprendi muito fazendo o ecocardiograma. A possibilidade de poder analisar o eco e o eletrocardiograma será um diferencial em relação a quem não participou dessa extensão”, afirma a estudante.