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15/04/2013
O residente do 3º ano do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Bahiana/Hospital Roberto Santos, Vilson Rocha Cortez Teles de Alencar, participa, de 3 a 28 de junho, do programa de intercâmbio da University of Maryland (EUA), graças a um convênio firmado entre as duas instituições.
Em 2011 e 2012, a Bahiana recebeu a visita de turmas de estudantes da graduação de Odontologia da University of Maryland que, por 15 dias, participaram de aulas e atividades de extensão conjuntamente com alunos do mesmo curso da instituição baiana.
Desta vez, a parceria acontece no âmbito da pós-graduação, o que exigiu do residente Vilson Rocha Cortez Teles de Alencar a adequação de todos os seus documentos acadêmicos (histórico acadêmico e da residência, currículo, cartas de recomendação etc.) para o inglês, a fim de serem submetidos à avaliação do coordenador do programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da instituição americana. "Após quase dois meses de ter-me submetido à aplicação, recebi um e-mail com os detalhes da minha aceitação para o International Medical Observationship Program", diz o residente que é graduado pela Universidade Federal de Pernambuco (2006).
Vilson Rocha Cortez Teles de Alencar
Vilson conta que, diferentemente do Brasil, "onde somente os cirurgiões-dentistas são habilitados a cursar os programa de residência, nos EUA, tanto médicos como cirurgiões-dentistas (CD) estão habilitados a realizar o treinamento. Também há a possibilidade de, durante o treinamento, já na residência, o CD poder optar em suplementar sua formação e, por um período maior de residência (seis anos no total), receber o título de MD (Medicine Doctor), tendo então a dupla graduação (Double Degree). Os cirurgiões-dentistas que preferirem não realizar o Double Degree optam em fazer a seleção para o programa de quatro anos".
Apesar de ter expectativas prévias, o residente acredita que haverá muita surpresa com a experiência. "Acho que minhas expectativas hoje não poderiam ser maiores. Ainda assim acredito que vou me surpreender com tudo aquilo que vou ter contato. A realidade do sistema de saúde americano é completamente diferente do que estamos habituados, isso eu posso testemunhar após constatar as reações e ouvir os relatos dos alunos que nos visitaram aqui no nosso hospital, nos dois últimos anos".
Entre as diferenças que espera encontrar, ele destaca o acesso que o profissional da odontologia tem à tecnologia de ponta que, segundo afirma, está em todos os níveis de atendimento, do mais básico aos procedimentos mais complexos. "No entanto, sabe-se que os preceitos básicos de universalidade e equidade que são seguidos no SUS, aqui no Brasil, não são uma realidade americana. Eles precisam pagar para ter acesso aos serviços de saúde. Porém, em termos de estrutura quanto à Bahiana, as reações foram bem diferentes. Eles realmente diziam que, na maioria das vezes, era tudo muito próximo do que eles tinham lá e, em alguns aspectos nós os superávamos".