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05/06/2014
A taxa de gravidez entre adolescentes brasileiras decaiu de 23,6%, em 2001, para 19,3%, em 2011. Os dados do DATASUS/SINASC foram a base do Trabalho de Conclusão de Curso da estudante de Medicina da Bahiana, Fabiana Sarpa de Castro Peixoto Sampaio. Orientado pela Prof.ª Dra. Milena Bastos Brito, o estudo foi apresentado no 13th ESC Congress “Challenges in Sexual and Reproductive Health”, realizado de 28 a 31 de maio, em Lisboa, Portugal.
O trabalho observou que a frequência de mães solteiras, baixo nível de escolaridade, menor assistência pré-natal, prematuridade e baixo peso ao nascer (BPN) foram maiores entre adolescentes que adultas estudadas (10-19 anos versus 20 a 34 anos), em ambos os períodos (tanto em 2001 como em 2011). As taxas de cesarianas nos dois grupos foram superiores ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde, inclusive elevando-se em 2011, em comparação a 2001. Após uma década, em ambos os grupos, houve aumento de escolaridade e adesão ao pré-natal, porém não houve redução das complicações neonatais.
O trabalho chamou a atenção dos pesquisadores presentes no congresso pelo alto índice de gravidez na adolescência no Brasil, um país que representa a sétima maior economia do mundo, visto que, em Portugal, onde foi realizado o evento, a taxa é de 3%. Isso comprova a necessidade de uma política de planejamento familiar mais efetiva para a população brasileira.