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IX Simpaids é marco na pesquisa do vírus HIV no Brasil

IX Simpósio Brasileiro de Pesquisa Básica em HIV/AIDS que aconteceu de 1º a 3 de setembro, no Bahia Othon Palace Hotel, teve continuidade na Bahiana com o II Workshop em Banco de Dados de Sequências.

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Em continuidade à programação do IX Simpósio Brasileiro de Pesquisa Básica em HIV/AIDS, a Bahiana, grande realizadora do evento, recebeu, de 5 a 7 de setembro, o II Workshop brasileiro em banco de dados de sequências do HTLV-1 e HIV-1 para o estudo de retroviroses humanas e suporte de vacinas. Tendo como público-alvo pesquisadores que atuam nas áreas de resistência às drogas antirretrovirais, pesquisa de potenciais produtos vacinais anti HIV-1/AIDS e pesquisa clínica e epidemiológica da infecção pelo HTLV-1, o curso promoveu a capacitação dos participantes no segmento da bioinformática com vistas à análise e catalogação das diversas sequências da cadeia de DNA do vírus HIV. 

“Assim como o vírus da gripe, o vírus HIV é muito mutável. Por isso, esse curso que estamos realizando, aqui é importante, porque através de programas de informática você pode estudar melhor as sequências do vírus e procurar melhor aquela região onde ele não está mudando para, a partir daí, testarmos antivírus (vacinas). Estes estudos também devem ser temporais, justamente por conta da mudança que o vírus sofre”, explica o Prof. Dr. Luís Alcântara, pesquisador do CPqGM/FIOCRUZ e professor da Bahiana.

 O IX Simpaids foi uma realização da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Fiocruz e Ministério da Saúde.

O evento reuniu importantes nomes da pesquisa no segmento HIV/AIDS de todo o mundo, tendo como palestrantes Dr. Bernardo Galvão Castro Filho, pesquisador titular do LASP/CPqGM/FIOCRUZ e coordenador do Centro de HTLV e Hepatites Virais da Bahiana; Dr.ª Cristina Possas, responsável pela Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - PN DST/AIDS do Ministério da Saúde; Dr.ª Anne-Mieke Vandamme, pesquisadora e professora titular do Instituto Rega, Universidade Católica de Leuven, Bélgica; Dr. Massimo Cicozzi, pesquisador e professor do Laboratorio di Epidemiologia e Biostatistica, Istituto Superiore di Sanità, Roma, Itália; Dr. David Watkins, pesquisador-chefe do grupo de Vacinas da Universidade de Wisconsin-Madison, USA; e Dr.ª Genoveffa Franchini pesquisadora-chefe do laboratório de vacinas em modelo animal do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, dentre outros.

Pesquisadoras de Biomedicina/ Bahiana

A programação contou com a apresentação do 1º banco de sequências do vírus HTLV-1, pesquisa tema da dissertação de mestrado da ex-aluna do curso de Biomedicina da Bahiana, Thessika Hialla Araujo (CNPq/Fiocruz).

“Estamos trabalhando há dois anos na construção de um banco de dados que tem coletas do mundo inteiro. Então trabalhamos desde a sequência (do vírus) até o perfil clínico do paciente (doenças associadas, gênero, idade).  Assim,  banco de dados é muito importante, tanto para conhecermos mais a doença, como para fazermos uma vacina”, explica Thessika.

Outra ex-aluna do curso de Biomedicina da Bahiana que participou do Simpaids é a doutoranda Luciane Santos. Sua pesquisa estuda o gene do agente transmissor da leptospirose que pode ter diferentes origens o que ocasiona sintomas diferentes nas vítimas atingidas. “Precisamos de um banco de dados para estudos de testes rápidos e detecção precoce da doença, promovendo um tratamento mais eficaz”. Luciane conta que muitas vezes há demora no diagnóstico da leptospirose por conta das diferentes manifestações dos sintomas.

 

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